segunda-feira, outubro 31, 2011

Broas de mel (eu tenho uma teoria sobre elas)

Foi de repente e nem sei bem como aconteceu.
A entrada na teia com a receita das Broas de mel da Avó Mila, sempre foi das mais visitadas... Mas, de há alguns dias para cá, o volume de visitas à entrada mais doce de todas aumentou de forma imensa, intensa, descontrolada...

No mundo inteiro, as pessoas, fartas (quem sabe?) da amargura destes tempos, agarram-se ao consolo do mel com uma sofreguidão indescritível. Ou talvez seja apenas um desejo de recuperar o sentido da palavra Amor tão em falta, tão em desuso, tão abusada e maltratada, tão atropelada pela palavra dinheiro que se está a tornar na coisa mais importante do mundo em vez das pessoas que vivem nele.

Portanto...
Tirem uns minutos neste feriado e... façam umas broas de mel para oferecer a quem mais amam (não se esqueçam de vocês próprios).

Pode ser a receita tradicional...  Receita de Amor - Broas de mel



Pode ser a receita que recriei para estes novos tempos sem tempo... Pedaços de Amor de Mel da Avó


De uma forma ou de outra, cada pedacinho desta receita mágica que saborearem vai trazer-vos à memória cada pessoa que amam, presente ou ausente e, sobretudo, vai trazer-vos ao peito aquele calor especial que só se saboreia quando mastigamos amor e mel bem entrelaçados com as nossas mãos.

Experimentem...

Últimas do EduScratch...

A teia anda abandonadinha... porque há muita coisa a acontecer em paralelo e muitos espaços para atualizar.

E nos links das notícias que aqui deixo, não estão incluídas
a gestão da página do CCTIC - ESE/IPS...
a gestão da conta EduScratch do facebook... do EduScratch twitter (agora seguido no Brasil, Mexico e outros países da América do Sul com o projeto OLPC - "One Leptop Per Children",  e também seguido pela equipa do MIT... depois do sucesso do lançamento da tradução do Guia Scratchdo MIT)

A tudo isto junta-se o acompanhamento de escolas e projetos e a Oficina de Formação para professores do Pré-escolar e 1.º ciclo, que já começou no sábado passado...
sem falar da preparação de mais algumas sessões de formação que me levarão à Guarda, à Amora e a escolas do distrito de Setúbal...

Um frenesim de atividades e projetos que mexem com as salas de aula e cuja continuidade será sempre uma incógnita... nestes tempos estranhos que vão correndo...
Darei o melhor pela missão que escolhi e me foi confiada, enquanto puder e me deixarem.


Clube Scratch time de Azeitão reiniciou as atividades!

Cronograma de atividades do CCTIC-ESE/IPS para 2011/2012

(Mais) recursos pela internet...

Oficina de Formação: Scratch e Matemática - Pré-Escolar e 1.ºC (inscrições abertas)

Eduscratch no IE da Universidade de Lisboa

Recursos: Do ovo à borboleta (uma história de aprender)

Computação Criativa - tradução para língua portuguesa do Scratch Curriculum Guide Draft – Creative computing - MIT

Mitchel Resnick 2011 Prize Winner (McGrawHill Research)

Cheetah, run! (um projeto da Alison Grelha)

Oficina de formação quase a começar...

Projeto EduScratch - Rumo à sociedade criativa

Scratch: das mãos ao digital (Halloween)

Oficina de formação já começou!


segunda-feira, outubro 24, 2011

Não deixar...

... morrer a



Computação Criativa - tradução para língua portuguesa do Scratch Curriculum Guide Draft – Creative computing - MIT




Finalmente concluída a tradução para língua portuguesa  do Scratch Curriculum Guide Draft – Creative computing criado no MIT e partilhado no final de Setembro no ScratchED.

A versão portuguesa (.doc) pode ser consultada AQUI . Existe, também, uma versão .pdf AQUI .


A tradução deste guia resulta do trabalho da equipa EduScratch (um agradecimento especial a Fernando Frederico pelo seu enorme contributo na tradução e, também, a Isabel Campeão e Eduardo Martinho pela revisão atenta e rigorosa e inúmeras sugestões que melhoraram imenso a versão agora disponibilizada). Este documento está aberto a sugestões de melhoria por parte dos leitores/utilizadores, de acordo com as suas experiências e conhecimento.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Do ovo à borboleta... (uma história de aprender)


Entraram os dois, muito pequeninos (5.º ano), no turno da tarde do Clube Scratch time onde estão os grandes. Percebe-se o entusiasmo que o desafio representa e este cheiro de coisa nova é do mais saboroso que há. Calhou ir até lá dar apoio à sessão (no contexto do trabalho do CCTIC de apoio a projetos nas escolas) e ter a possibilidade de os receber de folhinha de inscrição na mão e um sorriso imenso.
O Rafa já conhece o programa. Disse, mal chegou,  O meu pai instalou e eu já usei... E como foi que o teu pai descobriu? Não sei... ele é técnico de informática!
O Bernardo avança depressa. Está no 9.º ano e disse que em Lisboa frequenta um curso de design gráfico. Que lá o Scratch se usa assim como que para explicar várias coisas, porque tem tudo.  Quer fazer um jogo e juntos identificámos problemas, colocámos hipóteses. As dele levaram a melhores respostas. Ao lado a Caddy e a Madalena (pioneiras no uso do Scratch em Azeitão, agora no 9.º ano) ajudam colegas de 7.º ano.
A Andreia desenha, explora, inicia-se no uso do Scratch. O Rafa, seu colega de turma, dá uma ajuda. 
Depois decidimos fazer uma animação. Como poderias fazer o sapo piscar o olho? Isso é fácil! Diz o Rafa. Deixo-o tentar. Tem duas figuras, uma com o olho aberto, outra com o olho fechado. Inicia com o comando “quando clicar em tecla espaço”... e começa a construir o bloco de comandos que darão a ordem ao sapo para abrir e fechar o olho, quando a tecla espaço for clicada. No fundo, tem de arranjar uma forma de fazer a sequência saltar de uma figura para outra. Encaixa os dois comandos: “vai para o traje 1” e  “vai para o traje 2”. Deixo-o encaixar estes dois comandos um a seguir ao outro, sabendo o que vai acontecer. A animação fica rápida demais. E agora? Pergunto eu... Se uma coisa anda depressa demais o que podemos fazer? Pedir para o sapo esperar... é preciso tempo..., diz o Rafa. Vou usar o comando “espera” e encaixá-lo entre os outros dois. Arrasta o comando para a zona de programação e muda o tempo de um segundo para 10. Oh... não parece estar a acontecer nada! ... Ah! Agora fechou o olho... Digo-lhe: Rafa, olha para mim. Quanto duram 10 segundos? Fecho o meu olho... ele olha para o relógio e nem espera... Ah, pois é! É muito tempo! Muda o tempo para 3 segundos. Rafa, olha para mim... vamos contar o tempo...  e fecho o olho novamente... Ah! De imediato... Ainda é muito tempo! Escreve 1 segundo. Melhora, mas não resolve. Tem de ser ainda menos, Rafa! Hummmm menor que um... ( e maior que zero, digo eu). Escreve 0,3... depois 0,2.... Excelente.  Mas só acontece uma vez! reclama ele... Pois... Queres que esteja sempre a fazer? Olha para os comandos de controlo... E o Rafa rapidamente percebe que tem de usar um comando que obrigue a um ciclo contínuo de ação e vai buscar o “para sempre”. Perfeito!
Sabem, Rafa e Andreia, programar é conversar com o computador... e ele só percebe o que tem de fazer, se formos rigorosos nas instruções. Meias palavras não chegam, como entre nós. Ele não pensa... ele faz o que tu lhe mandares fazer. Quem tem de pensar são as pessoas.
E depois podemos fazer coisas mais complicadas?
Podem sim... mas quando começaram a aprender a ler e a escrever, começaram logo com livros do Harry Potter? Riem-se... Não... Primeiro foram as letras... Ok. Então tenham paciência... Estão a aprender uma língua nova... a língua com a qual falamos com os computadores. Quando menos derem por ela... Estão a conversar com eles tu cá tu lá.
A educação deve ser tecida com diálogos exigentes de construção. As crianças podem ir muito mais longe do que imaginamos... com as perguntas certas, com a provocação constante, com esperas adequadas, com desafios crescentes. Se for olhar para as metas de aprendizagem (TIC, Matemática, ...), por certo que vou encontrar por lá enquadramento para uma série de aprendizagens como esta (e muitas mais). As ferramentas podem ser várias, mais ou menos tecnológicas, mas o elemento humano e a mediação são indispensáveis. O professor é sempre essencial e insubstituível, por mais que as tecnologias se aperfeiçoem.

Olho para a Madalena e para a Caddy, agora no 9.º ano, e penso que sou feliz por ter o privilégio de poder assistir ao vivo ao milagre da metamorfose do pensamento: que borboletas lindas sairam das crisálidas!

terça-feira, outubro 18, 2011

E se? (Está a acontecer...)

Expectativas...

E se um dia uma turma de PCA (6º ano) descobrisse o Scratch? E se, de repente, quase que por magia, a confiança renascesse, o entusiasmo brotasse, as dificuldades fossem sendo vencidas e o interesse recuperado por outros caminhos alternativos de criação e invenção, com as crianças no centro da ação aprendendo e construindo os seus próprios conteúdos com as TIC? E se de repente a matemática fizesse mais sentido e escrever bem se tornasse algo desejado? E se a realidade fosse ainda mais bonita do que a ficção e do que os sonhos que sonhamos e as expectativas que tecemos para o uso desta ferramenta, em articulação com outras e com a vida?

Escutei via telefone as primeiras histórias desta turma e o que ouvi já me tocou. Brevemente agendar visita a estes meninos e a estes professores...

Uma das professoras envolvidas - Paula Lamy - dizia aos meninos: vocês são a única turma, para já, a usar esta ferramenta e, depois, vão ensinar outros meninos a usá-la (uma das estratégias que combinámos na preparação desta aventura)...
reação: "ohhhhh... - sorrisos - e assim os outros meninos que pensam que esta turma é dos fracos que não aprendem bem, vão perceber que nós também podemos ensinar coisas...".
E se, reconstituída a autoestima, as crianças reconstruíssem as suas asas e finalmente voassem mais longe vencendo muitos dos desafios, limites e dificuldades graves que as paralisam (a elas e às suas famílias) no tempo presente?

Aguardamos o que vai acontecer... Obrigada aos professores desta turma por se terem aberto aos seus meninos dizendo-lhes que também estão a começar e terão muito a aprender com eles...



Fazer acontecer ...

E lá fui, pela manhã do dia 12, fazer a primeira visita de apoio a essa turma especial (PCA), que já está a fazer os seus caminhos no Scratch com entusiasmo e empenho. Na aula de Homem e Ambiente (cujo professor, Paulo Cardoso, também leciona as TIC e matemática) respirou-se criatividade e engenho. Projetos sobre higiene e alimentação saudável, exploração de comandos para fazer animações, uma pequena abordagem às coordenadas, iniciação (para os alunos que vão um bocadinho mais devagar)... tudo tem lugar a seu tempo. O trabalho cooperativo a emergir... quem aprende algo novo ajuda outros colegas. Aos poucos eliminar a palavra "desistir" do vocabulário corrente destas meninas e meninos e fazê-los caminhar em direção à consciência de que sem trabalho nada se consegue. Talvez seja esta a melhor aprendizagem que vão fazer durante este ano... Esteve presente a incansável Paula Lamy (professora de Oficina das Artes e directora de turma) animadora desta ideia que procura levar todo o conselho de turma a trabalhar conjuntamente de modo a proporcionar aos alunos uma verdadeira experiência de interligação entre os saberes, com recurso às tecnologias.

Continuaremos a acompanhar esta história e a partilhar as notícias!

segunda-feira, outubro 17, 2011

Grãos de uma romã (Dia Mundial Pela Erradicação da Pobreza)

A Associação CAIS lança este verdadeiro Hino Contra a Pobreza, na sequência do 17 de Outubro, o Dia Mundial Pela Erradicação da Pobreza.

domingo, outubro 16, 2011

Exploração e construção de situações de aprendizagem da Matemática com programação em Scratch no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico



Abertas inscrições para a Oficina de formação (acreditada): Exploração e construção de situações de aprendizagem da Matemática com programação em Scratch no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico 29 de Outubro, 5 e 26 de Novembro 2011 - CCTIC da ESE/IPS (a partir de Janeiro, também para 2.º e 3.º ciclos). Infelizmente o CCTIC ainda não teve financiamento este ano, as ações também não são financiadas e a instituição de formação ESE/IPS (como todas as outras no momento) vê-se obrigada a cobrar a formação. A verba destina-se às despesas com o processo e utilização de instalações.
Os formadores (eu e o Miguel Figueiredo - coordenador do Centro de Competência TIC da ESE/IPS) não recebem pagamento pela mesma. Isso é feito com o nosso tempo e motivação... e é um esforço integrado na nossa missão (CCTIC - Projeto EduScratch) por acreditarmos que vale a pena investir numa utilização exigente e ativa das TIC. Ninguém nos obrigou a apresentar estas oficinas para acreditação... "inventando" mais trabalho para o Centro... Foi uma resposta à solicitação de muitos colegas que desejam mais do que sessões informais de formação. Claro que, até ao último momento, acreditámos que poderia ser possível fazê-lo sem despesas para os formandos... mas infelizmente nem sabemos se o Centro será financiado este ano (no ano passado essa verba destinou-se a pagar as nossas deslocações pelo país na missão de formação a centenas de professores de norte a sul de Portugal).

Ainda assim, mesmo no contexto complexo em que estamos a viver, gostaria muito de poder contar com a vossa presença neste espaço (prático) de formação, que implicará trabalho autónomo em sala de aula para posterior apresentação da experiência... 15 horas presenciais e 15 de trabalho autónomo.

Mais informações AQUI.

Exploração e construção de situações de aprendizagem da Matemática com programação em Scratch no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico

29 de Outubro, 5 e 26 de Novembro 2011

Ação de formação: Exploração e construção de situações de aprendizagem da Matemática com programação em Scratch no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico
Destinatários: Educadores e professores do ensino pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico.
Número máximo de participantes: 20
Modalidade: Oficina de Formação
Duração: 15 horas presenciais e 15 horas de trabalho autónomo
Formadores: Miguel Figueiredo e Teresa Marques (Centro de Competência TIC da ESE/IPS)
Creditação: Para efeitos de aplicação do nº 3 do artigo 14º do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, esta ação releva para a progressão em carreira de Professores dos Grupos 100 e 110;
Creditação máxima de 1,2 créditos
Conteúdos:
  1. Análise de situações de utilização das TIC em contexto educativo, de apoio ao desenvolvimento de atividades na disciplina de Matemática
  2. Exploração da ferramenta didática Scratch, com vista à construção e partilha online de projetos com potencial educativo para disciplina de Matemática
  3. Potencialidades do Scratch nos processos de ensino/aprendizagem e estratégias de utilização desta ferramenta em contexto escolar : modelos de planificação de situações de aprendizagem com recurso à utilização desta ferramenta (em interação com outras ferramentas TIC) pelos alunos
  4. Planificação/desenvolvimento de situações de aprendizagem na disciplina/área de Matemática para serem implementadas em sala de aula e que envolvam os alunos na construção de um projeto.
  5. Análise e avaliação das atividades desenvolvidas com os alunos em sala de aula.
  6. Partilha das planificações e das atividades desenvolvidas.
Calendarização: As sessões presenciais terão lugar ao sábado, das 8h30m às 13h30m, nos dias 29/10/2011, 05/11/2011 e 26/11/2011
Local: Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal

Inscrições: As inscrições nesta ação de formação são feitas

preenchendo o formulário online.

Preço:

Educadores e professores colaboradores da ESE/IPS - 50,00€

Outros educadores e professores: - 75,00 €

...

A culpa é do Facebook...

Pois...

sábado, outubro 01, 2011

Faz sentido


Fui ali buscar um de entre os muitos livros que tenho dele. E depois descobri isto.


Nuno Júdice diz poemas da sua autoria from Pastoral da Cultura on Vimeo.

E li... e escutei... e agora vou ver se a roupa acabou de lavar para a estender...
E depois tentar avançar na publicação de recursos no portal EduScratch.
E comecei o dia a fazer pão. Um pão inventado (na máquina) porque não gosto de pacotes prontos cheios de misturas que não escolhi.

O melhor da vida é podermos cosê-la e cozê-la com os retalhos e os ingredientes de que mais gostamos e com os outros, os necessários, para ela se cumprir com alguma alegria e organização.

A felicidade para ser perfeita tem de ser absolutamente imperfeita.

Há pouco, no alta definição, o Zé Pedro dos Xutos dizia que, sobretudo, gostava muito de viver. E também disse que era bom a arrumar a casa.

Faz sentido.