sábado, fevereiro 16, 2008

De, vírgula, em, vírgula...

Do Umbigo para o fliscorno e de lá para o jumento.
Quanto custa formar mal uma geração?
(e uns problemas no
uso da vírgula, e mais uns pormenores).

Tudo isto numa pausa para o chá, procurando descansar dos papéis e do trabalho completamente acumulado sem fim à vista. Em vez disso...
Eu, pobre de mim, ingénua, perguntando-me várias vezes que sentido fazia uma avaliação que não coloca sempre os "mais habilitados" a avaliar os "mais necessitados"? ... Se não é preciso que quem (nos) dirige tenha mais competências que a maioria dos dirigidos... fica explicada a lógica distorcida deste enorme embuste, com errada designação de avaliação, prestes a ser colocado em prática. É tudo uma questão de (boas) oportunidades... e de pontos... e de cargos... e de outras coisas com relevância duvidosa... Ah! E de papéis. Muitos! Muita estatística! (Para dar credibilidade.)

É que, nesta lógica inovadora, curricula feitos com caminhos sem densidade ou com a soma (muito relativa) de pontos (consoante as escolas, podemos ter titulares de 60 que são avaliadores e professores de 200 que são apenas avaliandos... as cotas, pois...) são o único atestado de competência exigido para avaliar/comandar os destinos de terceiros. Ora se nos foi vendido que os pontos mediam com rigor 7 anos de capacidades de cada um, como explicar estas disparidadezinhas? Ou bem que os pontos se sustentam em indicadores de valor absoluto, ou bem que não! Ah! Lembrei-me! Provavelmente os pontos não têm carácter vinculativo forte...

O que pode fazer por nós um intervalo para o chá. É muito mais confortável quando finalmente compreendemos todo o alcance das palavras da sra. ministra sobre o rigor e o mérito e os pregões do sr. primeiro ministro sobre o seu pessoal e intransmissível conceito de diz que é uma espécie de avaliação que nunca foi e agora é que vai ser (coisa pobre e medíocre - quando o avaliador pode ser alguém que sabe menos que o avaliado, promíscua - porque feita entre pares, desmotivadora - todos sabem, comentam, que poucos progredirão realmente por mérito - cotas e tal...).

Felizmente, algo no ar cheira a freio e mudança. Será?
Eu aposto que sim.
Acredito, na, inteligência, cívica, que, desperta, todos, os, dias. Mais vírgula, menos vírgula...

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu cá gosto das vírgulas a atrapalhar o discurso. É uma espécie de Lobo Antunes ao contrário.
E ainda por cima é uma espécie de marca d'água...
:D