quarta-feira, agosto 15, 2007

De volta à acção: leitura de "férias" preparando o caminho

O tal meio chegou. E é verdadeiramente uma espécie de fim. Uma espécie de princípio. Tem de ser.
Continuarei de férias, sim, mas já de volta à acção sobretudo através de leituras e instalação de algum software para experimentação (darei notícia em momento oportuno).

Parafraseando um amigo que hoje me enviou mais umas sugestões de leitura e de consulta (HM aka JL): Desculpa(em) lá interromper as férias com estas coisas frívolas, mas não podemos viver só de batatas ao alhinho, não é?
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Computadores, Ferramentas Cognitivas
(desenvolver o pensamento crítico nas escolas)

Este livro de que hoje deixo pista já me encaminhou para a descoberta de algumas ferramentas que preciso de testar, mas não é a sua única virtude. Encerra muitas e maiores!

Avançarei nele a partir de agora um pouco mais depressa mas... se o sol se insinuar com muita insistência, agarro nele (livro) e vamos para a praia bem juntinhos. E quando chegar ao fim tenho muitos mais na manga (embora a manga de verão seja curta ou cava... hummm... manga cava... é ausência de manga?).

Recomendo. Vivamente. (Índice do livro: AQUI)

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Deixo-vos a apresentação do José Duarte (da ESE de Setúbal) que nos abre sabiamente o apetite.
(O prefácio do livro é de Fernando Albuquerque Costa que o refere AQUI)


Computadores, Ferramentas Cognitivas (desenvolver o pensamento crítico nas escolas): uma edição recente (2007), agora em português
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A Porto Editora, na sua colecção Ciências da Educação – Século XXI, acabou de editar “Computadores, Ferramentas Cognitivas – Desenvolver o pensamento crítico nas escolas”, um livro de David H. Jonassen. Como indica na apresentação, a principal contribuição do autor é “propor de forma organizada, sistemática e fundamentada em princípios sólidos de aprendizagem, uma visão muito clara, ainda que exigente para o uso das tecnologias na aprendizagem”. Neste livro, equaciona-se o papel do computador, enquanto ferramenta que ajuda a pensar. Depois de uma breve introdução sobre o que é aprender a partir de, sobre e com computadores e sobre o que se entende por ferramentas cognitivas e o porquê do seu uso, o autor debruça-se com alguma profundidade sobre as principais ferramentas de organização semântica, de modelação dinâmica, de interpretação, de construção de conhecimento e de conversação, sempre referindo sobre o que são, como são usadas enquanto ferramentas cognitivas e também como são avaliadas enquanto tal. Finalmente, o livro termina com um capítulo sobre implicações destas ferramentas e como avaliar as aprendizagens com a sua ajuda. Um livro para todos os educadores, especialmente para aqueles que são utilizadores frequentes das TIC com os seus alunos. Para saber mais informações sobre o livro e o autor pode visitar a Amazon, em www. amazon.co.uk. No referido site, pode encontrar uma breve apresentação do livro: “For instructors who focus on critical thinking applications of technology, this text is an excellent choice for upper-level undergraduate/graduate courses in Educational Applications of Computers, Educational Technology and Critical Thinking. This text provides a thorough explanation of Mindtools - alternative ways of using computer applications to engage learners in constructive, higher-order thinking about specific areas of study. It presents a rationale for using these tools, discusses individual Mindtools and their use, and suggests effective ways to teach with each Mindtool”.



José Duarte

(AQUI)

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Versão original
(Ver aqui , na Amazon, mais informação)
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3 comentários:

Anónimo disse...

Não resisto a comentar... shiu..., eu na tou cá ;)

Claro que não conheço esse livro recente, mas divulga, divulga o que vais lendo, 3za! Eu tenho tanto receio do mau uso das TIC no ensino! (De ti, não tenho, já conheço bem o teu trabalho e pensamento sobre essas coisas)
Comento porque a referência me fez lembrar de um dos primeiros artigos que li sobre as TIC no ensino, ainda a minha escola não tinha computadores para os professores usarem com alunos - artigo que devo ter perdido, mas que não esqueci pois foi um pontapé de saída para quando tive uns computadores na escola. Falava precisamente do uso das TIC para desenvolver competências tais como o pensamento crítico e alertava para que a "introdução do computador na sala de aula" não viesse a ser mais do que o perpetuar ensinos tradicionais de mera transmissão de conhecimentos, apenas de forma mais 'moderna'.
Sou muito sensível ao assunto e o que cheguei a observar dá-me razões para o receio.
Este ME bem falou em formação dos professores para o uso das TIC, mas do que tenho medo não é dos professores (apesar de a grande maioria dos mais velhos ou menos novos não ter acompanhado a evolução e precisar de formação); do que tenho medo é de certos formadores que hão-de ser mantidos nos seus instalados "pelouros", já vimos sobejamente que este ME não se preocupará com 'inovações', basta a amostra de manter o valterzinho a comandar (uso o diminutivo porque não quero deixar palavras impróprias no teu espaço).

Pronto, regresso à minha "ausência", já fiz o 'gostinho ao dedo'
;)
Bjinhos

Teresa Martinho Marques disse...

;) Toca a recolher!!!
(Mas é sempre tão bom ver este cantinho enriquecido com a tuas experiência e reflexões...)
Tens toda a razão e o teu receio é o meu por conta do que vou vendo. Persigo o tal sonho e não desistirei. Compudadores ao serviço de aprendizagem significativa e não meros substitutos das tarefas mais obsoletas do prof e da escola. Vamos partilhando e reflectindo. Quem sabe isso possa servir de inspiração e ajuda a alguém com vontade de virar a mesa nestas coisas das tic... Beijinhos

Herr Macintosh disse...

Para o Governo, os problemas da educação resolvem-se colocando mais computadores nas escolas. As TIC passam assim a ser uma espécie de banha da cobra que tudo resolve desde as unhas encravadas à educação para a vida. A razão é fácil de entender: a maioria dos eleitores não entenderia (e seria difícil de colocar nos telejornais das 20:00) essa coisa da formação dos professores e mudanças de paradigmas na educação e coisas que tal. Mas agora a distribuição de portáteis, isso já enche o olho e fica bem na televisão e nos jornais.
É claro que há gente no ME que não pensa assim, mas esses não estão em lugares de decisão. Penso que foi o Robert Mayer que disse, em relação à utilização das TIC, que "Se continuarmos a fazer o que sempre fizemos teremos os resultados que sempre tivemos". O livro está em inglês e não deve ser lá muito acessível aos nossos governantes...