segunda-feira, abril 30, 2007

Ontem...

Terei ouvido falar na palavra magia?
O que é que aconteceu ontem nesse vosso cantinho de
a crescer,
que soube a gostinho antigo de lar?
Cheirou a cheirinho novo de mar?
Teve som de beijos e abraços?
.
Terei ouvido falar na palavra magia?
Palavra que explica todos os segredos?
Terei ouvido falar de voo? de laços? de asa?
Saber ao certo só sei isto:
vocês,
meus Amigos,
são também agora a minha casa...
.

Também eu adorei esta manhã, especialmente da parte em que estivemos todos juntos a cantar e a fazer perguntas.É um dia para guardar na gavetinha mais especial do meu coração. Professora Zami, obrigada pela preparação da visita.Adorei conhecer a 3za infinitos beijinhos e abraços... (Daniela)

(Desculpem... roubei este comentário ao Ventos a Mudar...)








... já saudade
.
(fotos de J. Torres - O Blogue que ninguém lê)

Manhã mesmo muito especial...

Hoje falam vocês

http://ventosamudar.blogspot.com/2007/04/estamos-ansiosos.html

http://ventosamudar.blogspot.com/2007/04/manh-especial.html

http://ninguemle.blogspot.com/2007/04/uma-manh-especial-passada-entre-gente.html

(
http://ninguemle.blogspot.com/2007/04/um-sonho-infeliz-ou.html)

Amanhã falo eu!

Há dias assim... que conseguem arrancar de nós qualquer pedacinho de Inverno que insista em manter-se colado à nossa alma!

Obrigada!



Dádivas

Correio da Educação nº 295


Houve em tempos um currículo nacional (ainda haverá?). Competências, parece. E a ideia de conteúdos a servir o seu desenvolvimento, penso. E um balanço prometido, nunca feito, a correcção de erros, que os havia. Pois. Mas de há uns tempos para cá, enovelam-me vezes sem conta com a pergunta: deste os conteúdos todos? Todos os previstos para este período? A lei obriga. Diz que é para os pais. Escreve aí o que não deste. E as aulas dadas? Deste todas? Dei sim. Dei todas. Dei. Dei. Dei. Somos generosos, nós professores. Damos tudo. Aulas, matéria, conteúdos, fichas de avaliação (mas parece não importar que os alunos recebam). Percebo finalmente por que se diz tantas vezes que "tiramos" cursos... Tiramos a alguém. Aos professores que o dão, claro.
Lembro vagamente os especialistas que lia (tento continuar a ler), Perrenoud à cabeça, dizendo da necessidade de menos alunos por professor, de mais tempo de preparação de contextos de aprendizagem significativos para o desenvolvimento de competências, de mais tempo para o professor continuar a desenvolver as suas próprias competências, de redução das listas prescritivas de conteúdos. Parece que andamos a fazer a pergunta errada. Talvez experimentar: foram desenvolvidas no aluno as competências previstas? Os alunos aprenderam a pensar, a intervir de forma criativa e justa, e rigorosa, e cidadã, e…?
Havia também uma promessa. Reajustar programas para melhor servir essa nova visão. Onde estão?
Deste tudo? Tudo mesmo? Dei. Dei. Dei.
Pouco interessa como foi recebido o que dei. Jogo centrado no professor. A nota dirá como se colou o conteúdo ao corpo durante o tempo suficiente para provar que o dado foi provisoriamente recebido. Pouco importa se descolar depois. O perigo terá passado. Pouco importa se ficou guardada alguma coisa com serventia que o tempo não leve.
Deste tudo? Dei. Então é só registar na acta. Assunto arrumado e deixam-me ir em paz.
Houve um currículo nacional. Parece. Mas deve ter sido há muito tempo. Mal me lembro. Provavelmente foi-me apenas dado. Deve ter sido isso. Não foi preciso aprender a trabalhar com ele. Reclamo, comento aqui enquanto recordo. Qualquer dia, pronto. Acaba o prazo de validade na memória e deixo de reclamar, de ler os especialistas (onde está o tempo? A necessidade?) para dar, dar, dar sempre a mesma coisa.
Esquecer é o destino do muito que se "dá" na escola enquanto se fizer dela bocas abertas para alimentar à força pássaros sem fome. Faz-me confusão uma escola assim por me lembrar ainda de outro futuro que podia ter sido possível.
(A dádiva devia ser outra...)

Thinking Blogger Awards

Thinking Blogger Awards


Desafio que vem de longe...
O Miguel (
Outròólhar ) e o José Matias Alves ( Terrear ) consideraram a Teia alimento neuronal.
Grata pela selecção.
E não se julgue que a devolução tem a ver com a reciprocidade de nomeação. Basta olhar para a sequência das teias cúmplices para perceber que não. Que há muito fiz as minhas escolhas...

Tal como o Miguel... também tenho as minhas dificuldades... não sei bem o que é cinco... até pode ser cinco duas vezes....
Portanto, não se supreendam com a minha lista:

Outròólhar

Terrear

Memórias soltas de professor

Talvez uma Península

O canto do vento

Educar para a saúde


O blogue que ninguém lê

... e mais uns quantos...

mas tenho que me ficar por aqui...

domingo, abril 29, 2007

Sei que...

... se pensar... se quiser...

É verdade


Do sonhar... do voar...



Lá para cima, para a Guarda... mano, esposa e sobrinho partilham o nosso amor pelos animais...
Prepararam casa, dentro do terreno da sua própria casa. Aluguer gratuito. Alguns anos passaram até os condóminos aceitarem a oferta. De há algum tempo para cá, reconheceram a absoluta vantagem que lhes era oferecida e cederam à tentação.
Mais uma vez, este ano, o milagre da vida se cumpriu.
Acabei de receber estas fotos.
E o meu coração fica assim iluminado pelas razões do costume:
os sonhos e os desejos são como cegonhas acabadas de nascer.
Alimento certo, bons cuidados e um dia voam.
(Razão pela qual não viro as costas ao futuro que imagino.)
.



E no mais recente companheiro dos inícios de noite, agora ali repousando na mesa de cabeceira à espera da mágica hora, encontrei (como sempre nos livros que me fazem companhia) as palavras certas para desenhar o momento:

BATIA AS ASAS

Batia as asas por sobre a planície crestada, guardando o branco dos muros, o verde sitiando a cal, a telha e a dormência dos homens.
Roçava as penas na face das pedras antigas, na palha seca do Verão, no castanho rugoso da história.
Alegria de pássaro tranquilo. Como se descobrisse por momentos as verdades necessárias, embutidas desde sempre no corpo vivo da terra.

MERIDIONAIS - João Pedro Mésseder

sábado, abril 28, 2007

Resumo do dia - pronúncia do norte...

Rever Amigos.
Posso usar a palavra?
(Acho que eles disseram sim...)

É-me depositada nas mãos uma oferta mão cheia de poesia, MERIDIONAIS de João Pedro Mésseder, que faz a síntese do dia na contracapa:




Um mito como outros, o sul, ou apenas um lugar, um ponto cardeal? Para o que habita esse lugar, existe sempre, todavia, um outro sul. E, por isso, um qualquer norte - ou desnorte - é a sua morada. Aí elabora sobre a distância que o separa do cenário inatingível. Uma vez mais, "o nada que é tudo". Desse nada, desse tudo, uma escrita emerge. Sustentando o mito.



.

E vou ao Terrear encontrar a essência musical das horas de hoje...
Essa pronúncia, sim. Que foi todo o dia encontro de um certo norte com um certo sul ou talvez nem sul nem norte, apenas o centro de tudo. Porque, como diz JPM

Afinal
o mundo
tem um centro

E o resto... é música!
Pronúncia que me ficará a bailar nos ouvidos até ao reencontro.

.

Romance do 25 de Abril... outra vez e sempre

O sábado continuou pela tarde fora. Aqui:


Com José Oliveira (Editor da Caminho) e José António Gomes (João Pedro Mésseder)
.


Por causa deste livro de que já vos falei.
.

Como podia eu resistir ao (re)encontro com Abril? Com o escritor? Com o livro?

Folheá-lo é rendermo-nos ao poder da palavra e da ilustração numa dança em perfeita sintonia.

Se Portugal pode ser um menino, a memória pode ser uma flor que se rega, se aduba, se mima...
... se mantém viva, se enriquece.
Urgente.
Uma outra forma de olhar, revisitar o que tem de ser caminho a partilhar.

Oh José, quando eu crescer quero ser assim um(a) menino(a) como tu...

Manhã

Sábado muito preenchido este.

Começou cedo a minha manhã em Lisboa na conferência promovida pela ASA (Encontros de Primavera) em torno do ECD, a cargo de Alcino Matos Vilar da Escola Superior de Educação do Porto e moderação de José Matias Alves.

Gostei das perguntas (im)pertinentes...

Das reflexões de ambos...

Das pistas deixadas...

E uma decisão que se reforça na minha mente.
Escolher ser Professora, sim. E lutar para que se dignifique essa opção e não se transforme o Professor Titular num professor de primeira e um Professor "só" Professor, num professor de segunda.
Não entregar as armas, portanto.


(Nunca.)




Saber mais:
http://terrear.blogspot.com/2007/04/encontros-de-primavera.html

sexta-feira, abril 27, 2007

Second Life e UNICEF...

Descobri este vídeo no blogue " Nada vinculativo ".
Partilho.

Mais uma pista para a forma como a comunicação global e alguns projectos podem ser alterados/potenciados(?) pelo SL.
O mundo caminha. Há que ir caminhando com ele não o deixando perder-se de rumo.

Importa estar atento.
Independentemente daquilo em que acreditamos, aquilo que são as nossas mais profundas convicções e posições, não se apaga uma realidade (nem mesmo uma que seja virtual) só por entendermos que ela nada acrescenta à realidade real.

Uma vida sim. A primeira. Entendo que a todo o custo queiramos a atenção centrada nela.
Para não nos perdermos. Não nos alienarmos esquecendo as nossas missões nela.
Mas talvez educar para a utilização formativa da segunda fosse algo a considerar numa escola não tão distante assim de nós... educar para o cruzamento entre o melhor do real e o melhor do virtual. Procurar o equilíbrio, a (re)distribuição de funções.

No meio estará a...


quinta-feira, abril 26, 2007

Do azul, dos sorrisos e dos... contentores (?)




Continua o desfile renascentista. E o prometido é devido...
Desta vez apanhei a artista com a mão na massa (que me pediu ajuda para o despe e veste) e cumpri um sonho: fui princesa azul por breves instantes.
.



Foi a Teresa Lopes (Talvez uma Península) a autora da reportagem...
.

Por entre o azul macio do veludo, dias há em que renascemos em sorrisos.
E lá volto eu aos professores. Todos os que costuram dias, ajudando a dar forma aos retalhos dispersos de que parece feita hoje em dia a educação.
Vejo as coisas por este prisma: não fossem os professores, e já muitos gestores do destino educativo deste país teriam conseguido retalhar sem remédio o tecido educativo...

Verdade, verdade é que...

depois de ouvir no Conselho Pedagógico que a nossa escola já no limite com as suas 35 turmas e que esticando às 36 (com todas as turmas a 28 alunos - acabam-se com os n.e.e. e pronto .... está já montado o sistema que permite a sua quase extinção) ficaria em situação de ruptura, vai ter de receber 38 turmas

...se me apaga o sorriso azul e regressa um certo amarelo.
Sugestão da rede?
Uns contentores para alojar os alunos... (não brinco, é verdade o que digo).
.
Pois...
.
Uns contentores, uma lata de sardinhas, qualquer coisa.
Parece bem, não parece? Não há cá floreados... turmas cheias, espaço a abarrotar, alunos com necessidades educativas especiais que a lei ignora...
.
Oh Nena! Importas-te de trazer agulha e linha?
É que estão outra vez a rasgar o futuro!
.
A carga pronta e metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás (...)

quarta-feira, abril 25, 2007

Romance do 25 de Abril

Muito a propósito, uma novidade fresquinha de João Pedro Mésseder
(E como é bom celebrar com livros!)


João Pedro MéssederRomance do 25 de Abril




E se um menino se chamasse Portugal?
Ou então: pode o Portugal do antes do 25 de Abril ser comparado a um menino?
Ora por que não?
Ouçam pois a sua história: como cresceu e sofreu e lutou até, já adulto, ver realizado um sonho.
E que sonho foi esse? O da liberdade, é claro. Mas imaginou também uma democracia e uma justiça que julgou possíveis no seu país à beira-mar.
Esse país onde hoje o mesmo menino, homem feito agora, continua atento a sonhar com um mundo melhor.


Editorial Caminho

E deixo um convite. Estivesse eu mais perto... tivera eu asas... fosse Portugal ainda mais pequenino, lá estaria. Quem estiver aí por perto vá por mim!!



terça-feira, abril 24, 2007

Uma outra Teresa que mora aqui em casa


Foi uma alegria.
Recebi uma mensagem da Teresa Guedes na minha caixa de correio, depois de ter passado por aqui.
Ai as teias que continuam a cruzar-se a a ampliar os abraços entre o sul e o norte da vida e dos lugares!

E fiquei contente não apenas por ISTO
ou, até, por ISTO

Não foi por tê-la a morar comigo há já tanto tempo nestes livros...




Na Revista Malasartes...
Num dos meus mais queridos livros. (De que dei já testemunho na Teia AQUI.)

Foi por perceber, na voz que está por detrás das palavras, um espaço já entrelaçado de caminhos.
(Sim, Teresa, temos em comum muito mais do que o nosso nome...)

segunda-feira, abril 23, 2007

Dia mundial do Livro (serenata)

Vem à janela.
Vem depressa.
Quero cantar-te uma canção.
Abre-a toda, sem reservas e escuta-me tu hoje, em vez de ser eu a ouvir as flores secas que guardas para me dar.
Às vezes é mesmo amor, sabes?
Não to entrego inteiro a ti. Há sempre o outro a seguir. Ou antes de ti. Tenho coração grande e sedento. Mas não pensemos nisso. Faz de conta sou só tua. Imagina. Não posso ser sempre eu a fazê-lo. Sabem que são únicos quando vos dedilho. Com o olhar apenas, umas vezes, outras entregando-me inteira e deixando de escutar o mundo lá fora. Não quero saber de mais nenhum quando és tu a minha companhia.

Falamos de tudo, tu e eu. Segredos que mais ninguém vê.

Percorrer-te é percorrer-me, é voar-me, voar-te, desfolhar-te, desfolhar-me, ler-te, ler-me... fingir que fujo para regressar cheia de saudade.
Vem à janela, vem depressa.
Tenho esta prenda, esta canção guardada há tempo para te ser oferecida num dia especial. Um dia como o de hoje, por exemplo, em que mais umas rosas vermelhas devem ter nascido no jardim.
Não te feches já. Espera só mais um bocadinho. Dizes-me tantas histórias de outros, tantas palavras sábias e nunca dizes se gostas de mim como eu de ti.
Promete que o farás, a próxima vez que dermos as mãos à beira de um rio que roça, muito ao de leve, um castelo encantado.
E jurarás, sim, vais ter de jurar que és apenas meu e de mais ninguém.
(Fecharei os olhos quando te vir na mão de outra e farei de conta que sim.
Acreditarei em ti.).

Agora sim. Deixo-te ir.
Podes fechar a janela. Deitar-te, descansar um pouco.

Um bocadinho apenas.

Sabes que volto sempre.
Sabes que é mais forte do que eu.
Sabes que já não passo sem ti.




.

domingo, abril 22, 2007

Second Life - Não há duas sem três...

... e à terceira é de vez!
(preparem-se, que isto é longo e "os bonecos" só aparecem mais lá para o fim...)

Com todas as reservas... mas sem poder ignorar o fenómeno (alguém ouviu ontem a notícia da propaganda eleitoral feita no SL com sedes de campanha virtuais, encontros... debates?), sei que num futuro não muito distante os alunos que me chegarem às mãos passarão provavelmente muito (demasiado) tempo nesta segunda vida feita de bits com gente por trás. Sei. Antecipo. Sinto que para lá se caminhará (os meios de comunicação começam a dar os primeiros sinais... ao espalharem a palavra atraem utilizadores). Sei que nada poderá ser como dantes.
Pela internet encontram-se análises em revistas financeiras sobre a economia montada em paralelo nessa vida, sobre empresas conhecidas que usam o espaço no seu marketing... vejam algumas entradas (há tantas mais):

ELPAIS.com - Second Life estudia restringir la inmigración ...

Smart Mobs: Reuters opens virtual news bureau in 'Second Life'

Second Life: Marketing Fool's Gold? WebProNews
As Second Life continues to be inundated with brand marketing, ... Nissan, Scion, AOL, Reebok, Adidas, Dell, H&R Block, Sony-BMG and every other big ...

Sei que se ignorar, não poderei ajudar, formar para uma utilização não alienante das TIC. Este mundo virtual é uma gigantesca "playstation" gratuita, acessível, simples de utilizar... O SL anuncia (já há tempo e não apenas agora - corrigi aqui a informação aproveitando o comentário da Catarina C) na entrada da sua página uma second life teen (para menores de 18). Talvez procurando afastar os jovens de conteúdos menos apropriados às suas idades, que vão alastrando no SL... Os pais felizes, sossegados.. os filhos já nem saem de casa!
Há tempos, uma colega disse-me que o filhote de 4 anos estava viciado em jogos. Que evitou o que foi possível até o deixar entrar nesse mundo, porque o primo em sua casa disponibilizava o acesso. Resultado? Está a tentar fazer o processo inverso.
Se aos quatro já pode ser assim, aos 10, 11, por aí adiante com esta onda a instalar-se, será um dia como?

Fui acompanhando pelo blogue Interact e pelos blogues na Praia e Nada Vinculativo as notícias sobre o SL, até ao momento da aquisição pela Universidade de Aveiro de uma ilha virtual (onde se encontram a construir o espaço da primeira universidade portuguesa nesse mundo).
Confesso que já havia ensaiado o nascimento de um avatar (o boneco virtual), depois de falar da primeira vez no assunto. Mas o tempo era nenhum e apaguei-o. A curiosidade renasceu com o projecto da UA e lá fui eu outra vez. Só que agora avancei um pouco mais no conhecimento, rentabilizando recursos e tornando-me mais ágil, graças a um outro blogue que, embora fazendo constantes referências à UA, é sobretudo delicioso, cheio de humor, mundano, descontraído, inesperado e sedutor: Get (a second) life! Nestes tempos mais cinzentos, sabe bem encontrar também estes festivais de sorrisos e cores!
Com ele aprendi o suficiente para ganhar uns dólares linden sem fazer nada (deixando o portátil ligado ali ao lado a facturar, com o meu boneco sentado) e comprar "um visual" fashion, muito the girl next door (confesso não ter conseguido avançar para um alter-ego recheado de diferenças bombásticas... e vai de comprar jeans e sweats como as que uso habitualmente... não se riam. Sou uma miúda normal e gosto de fazer compras! )
Agora sim, estou pronta para aprender a tirar partido de um instrumento que me dará a oportunidade de viajar até Aveiro e participar em encontros sobre as TIC em educação.

Entretanto, descobri que a minha amiga TL, do blogue Talvez uma Península, tal como eu, sorrateira, já havia criado o seu boneco... Ali deixou (deixámos) aos viajantes o desafio de confessar a existência de uma identidade virtual paralela no SL (se for confessável, claro... agora estou a rir-me... )

Bem... chegou o momento:
Apresento a Te Yealin (Te... Teresa Teia Te Ya lin... de linhas, links... ligação... encontro).
Podem vê-la (ver-me) aqui passeando no espaço da Universidade de Aveiro e descobrindo hoje ali a divulgação de um evento interessante...






OK. Pronto. Estou favorecida, claro. Menos rugas, pois... Mas a culpa não é minha! Ainda não domino bem a técnica... Faz de conta era eu há dez anos atrás...



Criei já um novo marcador (que permitirá pesquisar as entradas por "Second Life"), um espaço nos links dedicado ao SL e, sempre que relevante, darei notícias. A primeira é já esta:

vai realizar-se um workshop na Universidade de Aveiro sobre a SL, de 23 a 25 de Maio (no dia 24 têm lugar sessões virtuais abertas das 19:30 às 21:30 sobre educação no SL e negócio no SL). Mais informação aqui (e acesso a um pdf do cartaz onde a informação é visível): http://napraia.blogs.ca.ua.pt/

cartaz_cef_sl_pequeno.jpg


E umas últimas palavras para reforçar:tudo isto com conta, peso e medida. Que a vida é a vida. Uma rosa é uma rosa e mesmo que daqui a muito pouco (está já previsto o lançamento) em vez de se falar por escrito, possa ser usada a voz entre os "avatares" que criámos... um café tomado ao lado de um amigo, uma ida à praia e um abraço têm aroma que espero nunca desapareça afogado pelo virtual...

Mas não é assim tudo como sempre foi? Lembram-se da televisão quando apareceu? Pois... eu cá só vi pela primeira vez aos 7 anos de idade (quando fomos à Lua, em 1969... vantagens de ter um Pai cientista que queria ver tudo em directo...). Até ali sempre se resistiu. Eram os livros e as brincadeiras com os manos, a 4. As leituras dos pais e avós. Assusta-me ver bebés com poucos dias de vida nos centros comerciais, crianças de 2 anos vidradas na TV, miúdos de 4 viciados em playstation. Mas este é o meu mundo. Não há outro. O mundo em que serei professora no futuro. Professora destes meninos. De nada servirá a lamúria e o encosto saudoso e inútil a um passado que não volta. Precisamos de nos preparar para esses tempos que nem sequer adivinho... e espero que os pais vão fazendo o mesmo...

Que vaga vem por aí?


sábado, abril 21, 2007

Dia Mundial do Livro... na nossa Escola

Dia Mundial do Livro assinala-se segunda-feira, dia 23 de Abril

Na nossa escola vamos celebrá-lo com uma sessão muito especial sobre Sebastião da Gama
Meu caminho é por mim fora… orientada por João Reis Ribeiro
(Associação Cultural Sebastião da Gama)

SebastiaoGama.jpg

O título desta sessão parte de um verso de Sebastião da Gama incluído no poema “Itinerário”, constante na obra Serra Mãe (1945), que contém algo de regiano, o que não admira, pois Régio foi um dos poetas mais admirados pelo poeta de Azeitão.
É, pois, um caminho que esta sessão pretende calcorrear. É um itinerário pela vida, pela obra, pela escola de Sebastião da Gama, com múltiplos cruzamentos: a formação do Poeta, a prática pedagógica do professor, o fascínio do corpo da Arrábida, a obra publicada em vida e a obra póstuma, o que não está publicado, o convívio com outros Poetas. Haverá a oportunidade de contacto com imagens, algumas pouco divulgadas, e com textos, alguns inéditos e outros recentemente “descobertos”.
Nesta via andante, haverá também o encontro com a memória que do Poeta se foi construindo. E com os braços abertos à vida e à Poesia com que Sebastião da Gama brindou os amigos e o futuro.
Este percurso é apenas de iniciação, prenúncio de mais vasto trabalho. Este caminho é para ser feito com a obra do Poeta, que só se deixa descobrir pelos leitores que a ela acedem e a prolongam… É também uma viagem por um dos marcos da identidade cultural que nos constrói!


João Reis Ribeiro




Sebastião Artur Cardoso da Gama nasce em Vila Nogueira de Azeitão, a 10 de Abril de 1924, filho mais novo de uma doméstica e de um comerciante. Logo aos 14 anos é-lhe diagnosticada a tuberculose óssea que haveria de lhe custar a vida. A conselho do médico, muda-se com a mãe para a Serra da Arrábida, cenário de sonho que será o “primeiro amor” da sua poesia. Tal como Alexandre Herculano antes de si, o jovem Sebastião não se cansa de cantar a Serra: em Serra Mãe, Loas a Nossa Senhora da Arrábida e Cabo da Boa Esperança, os caminhos mais recônditos e as gentes da Serra são personagens principais.
Para além da Arrábida, é o mar que encanta o jovem Sebastião, a quem a doença e o isolamento parecem não retirar alegria, vivacidade e facilidade de relacionamento com as pessoas. Como com os pescadores e lavradores, a quem admirava o linguajar. Admiração que lhe valeu a repreensão do arguente quando, defendendo a tese de mestrado com que se formou em Filologia Românica, Sebastião da Gama utilizou termos próprios dos homens do mar e do campo, cuja companhia preferia à de doutores.
Terminados os estudos, Sebastião da Gama dá aulas na Escola Comercial e Industrial João Vaz, em Setúbal, durante um ano. Os alunos, apesar do curto período de convivência com o jovem professor, ficam profundamente marcados pela sua personalidade comunicativa, aberta ao diálogo e, claro, à poesia.Colocado em Lisboa, na Escola Veiga Beirão, inicia em Diário o relato a sua experiência pedagógica e os métodos, inovadores para a época, que utilizava no contacto com os alunos.
Começa a publicar em jornais (Gazeta do Sul) e revistas literárias (Brotéria, Távola Redonda), sob o pseudónimo Zé d´Anixa, alguns poemas. Aos 21 anos converte-se ao catolicismo, crença da qual só a morte o arrastará.
O início da década de 50 parece promissor para o poeta: em 1951 casa com a amiga de adolescência e vizinha Joana Luísa, na Capela da Arrábida, e nesse mesmo ano publica o quarto volume de poesia, Campo Aberto. No ano seguinte, no entanto, o seu estado de saúde, que sempre fora débil, agrava-se e Sebastião é internado em Lisboa. Sete meses após o casamento, e aos 27 anos de idade, o autor de Pequeno Poema morre vítima de uma meningite renal.
Joana Luísa empenha-se, após a morte do marido, na publicação dos seus inéditos. É assim que, postumamente, são lançados Pelo Sonho é que Vamos, Diário, O Segredo é Amar e Itinerário Paralelo.Em 1999, Vila Nogueira de Azeitão passou a acolher o museu onde se reúnem o espólio artístico e alguns objectos pessoais de um dos mais queridos filhos da terra.
http://www.icicom.up.pt/blog/muitaletra/arquivos/006518.html

sexta-feira, abril 20, 2007

O verde com uma certa nota de preocupação

Hoje mais um fato em exposição.
A costureira trabalha de noite e durante o dia transforma-se em professora.

E uma nota desconcertante que mancha a vida da escola.
Desde que o 3º Período se iniciou, já foram vandalizados três carros de professores. O primeiro riscado, tendo a aluna chegado ao pormenor de insultar a professora através dos vastos rabiscos, o segundo apedrejado e o terceiro (da minha amiga TL) amolgado no capot por um passeio a pé sobre o dito. No primeiro caso, conseguiu chegar-se a uma identificação da aluna que praticou o acto e a situação está a ser resolvida com os pais. No segundo, deve ser possível chegar a uma identificação, pois outros alunos assistiram das janelas e, finalmente, as testemunhas do terceiro foram os agentes da autoridade do carro de patrulha da Escola Segura... (Ao que consta, o mesmo aluno, um destes dias subiu para o capot e percorreu de uma ponta à outra por sobre o tejadilho o carro de uma mãe que esperava o filhote dentro dele...)
O meu carro tem o capot amolgado desde o 2ºP porque alguns alunos têm o hábito de se sentar sobre eles a pleno peso...

Excepção. Claro. Mas que vai aumentando em número de forma assustadora até em zonas aparentemente mais serenas como a nossa... E a que não é alheia uma certa atmosfera de degradação da imagem do professor e uma certa impunidade que é hábito viver-se neste cantito rectangular (azar dos alunos que, neste caso, o descuido foi suficiente para que se possa actuar e reparar o mal feito... mas, e quando isso não acontece?)

Por entre o bom que se semeia, o bom que se vai fazendo, também é bom não esquecer o menos bom. Há sinais que nos dizem que é preciso encontrar maneira de parar já aqui. Como?
Pergunta difícil, pois.

Mas é preciso pensar sobre o assunto e não o deixar esquecido.

Voltando ao princípio.
Ainda há verde. Muito verde. Mas o verde, tal como a água, não é um recurso inesgotável.
Para ser renovável, precisa de um exercício persistente de carinho e cuidados preventivos. De acção concreta. De valorização - de fora para dentro e de dentro para fora.
Assim se evitará que passe a ser cor em vias de extinção.

(E educação sem esperança não florirá bom futuro.)

quinta-feira, abril 19, 2007

Grupo de dança, silêncio e branco...

Lembram-se? (Ver aqui..)


Prometi sequência.
Aqui está. Ainda não acabado, mas já apetitoso: o par da princesa.





Dizia-me a Nena hoje com um alfinete na boca e mostrando-me as imensas minúsculas pérolas que serão cozidas num vestido: depois de verem os fatos, os dois alunos da minha turma que não se haviam inscrito no grupo perguntaram se já era tarde para o fazerem... Agora da minha direcção de turma já estão todos... Trouxe os pais aqui à BE para lhes mostrar os fatos já feitos... Gostaram muito.
E acrescentou. Às vezes apetece o silêncio depois destes dias de tanto barulho e som. Costurar à noite dá-me isso.
A mim é estar no computador, ler um livro...
Explicou-me: chama-se ao silêncio do computador o silêncio branco... Porque estamos em contacto com outros e conversamos... mas podemos optar por não ouvir som e comunicar em silêncio...

Silêncio branco. Pois.

Exactamente como esta imagem que captei muito cedinho de manhã.
O branco abriu-se pleno. Cai neve por aqui, dir-se-ia.

Cumprida mais outra promessa que vos fiz há tempo: partilhar o branco quando deixasse a segurança do botão e caminhasse em todo o esplendor para uma morte anunciada.
Algumas flores jazem já no chão... ainda assim belas.




Inseparáveis

Há combinações perfeitas...

Não procuro o que encontro... mas coisas especiais encontram-me todos os dias...
Podia chamar-lhe sorte, ou outra coisa qualquer.
Acho que prefiro chamar-lhe outra coisa qualquer


(ou qualquer outra coisa assim parecida).








quarta-feira, abril 18, 2007

Ensino do Português em Conferência Internacional


A nossa escola estará presente nessa conferência (em poster) assim:


Do que se trata?
A Conferência Internacional sobre o Ensino do Português propõe-se reflectir, de forma alargada, pluridisciplinar e transversal, sobre os grandes problemas que hoje se colocam ao ensino do português e à sua aprendizagem em contexto escolar, sem esquecer naturalmente o lastro de enquadramentos pedagógicos e de orientações políticas que desde há algumas décadas o determinam. Dentre aqueles problemas merece destaque o deficiente domínio da língua que é evidenciado pelos nossos estudantes, tanto em exames nacionais como em estudos internacionais.

Esta é uma situação que, co-responsabilizando diversos agentes e resolvendo-se em diferentes níveis de intervenção, remete para o trabalho que na escola é feito. Isto sem esquecer que, embora sejam aqui acentuadas questões atinentes ao ensino da língua, ele não se isola do momento da aprendizagem, num processo de interacção que importa ter presente. Do mesmo modo, cabe ainda notar que a aprendizagem e o domínio da língua materna contribuem decisivamente para moldar a nossa memória colectiva e para definir o exercício de uma cidadania responsável e culturalmente activa.
A Conferência Internacional sobre o Ensino do Português estrutura-se sobre os seguintes princípios:
• O ensino do português é entendido como preocupação colectiva e responsabilidade primeira do Estado, no quadro de uma vivência democrática e de uma consciência cívica que a todos deve implicar;
• O ensino e a aprendizagem do português interferem fortemente nos processos de formação da personalidade, de conhecimento do mundo e de diálogo com os outros;
• O domínio do português é factor determinante de acesso a outros conhecimentos que, sendo muito mais do que restritas competências, de uma forma ou de outra dele dependem;
• O ensino do português acolhe e incorpora, em conjugação com adequadas mediações pedagógicas, os resultados da investigação científica que se desenvolve em campos do saber articulados em torno da reflexão sobre a linguagem;
• O ensino e a aprendizagem do português encerram uma forte dimensão cultural, compreendendo também um significativo potencial de elaboração estética e de afirmação da identidade de quem o usa.

É com base nestes princípios que se organiza a Conferência Internacional sobre o Ensino do Português. Ao mesmo tempo, não se ignora nem se oculta a frequência com que entre nós se desenrolam debates sobre o ensino do idioma, envolvendo diversas questões, que hão-de ser objecto de atenção da Conferência. Por isso, ela desdobrar-se-á em temas específicos, que serão objecto de conferências, de painéis de discussão, de apresentação de projectos e de explanação de práticas pedagógicas em curso. Alguns desses temas:

• Para além da literacia: a problemática da leitura
• A gramática na sala de aula
• Professor de português: que identidade?
• O português como língua de conhecimento
• O cânone no ensino do português
• O ensino do português em contexto multilingue

A Conferência Internacional sobre o Ensino do Português terá lugar em Lisboa, de 7 a 9 de Maio próximo, no Centro Cultural de Belém, apelando à participação empenhada de professores de português, de grupos de trabalho, de académicos e de agentes culturais de proveniência e de formação diversificadas. Apoiada nas orientações programáticas de uma comissão científica nomeada para esse efeito, a Conferência Internacional sobre o Ensino do Português deverá ser o ponto de partida para a formulação de um conjunto de recomendações a endossar ao poder político, já que é antes de mais a este que cabe dar ponderada atenção e equilibrado tratamento a esta que é uma verdadeira questão de Estado.

Carlos Reis

terça-feira, abril 17, 2007

Ciclo da água



É noite e preciso de lhes acalmar a sede.



Ofereço água ainda o sol não nasceu, deixando no solo a salvação do dia quente.



Depois, porque o tempo vai passando, a luz revela os desenhos escondidos na noite.



São rosas, sim. São rosas.



Bebo agora eu a delicadeza, a perfeição, o aroma intenso.

Bebo.



E depois volto a dar de beber a outros que me aguardam daqui a um instante.
.
O ciclo da água não é como se imagina: no corpo da rosa a água faz-se cor, a cor nos meus olhos faz-se dentro de mim fruto, do fruto nasce a vontade de amassar o pão com que alimento quem se chegar à beira de mim e quiser...
.

(Rosas inglesas David Austin. Fotos de ontem e de hoje pela(s) manhã(s) ao nascer do sol. Comprei-as há três anos directamente a partir do site http://www.davidaustinroses.com/ . Chegaram no Inverno... raíz nua... coloquei-as na terra. Mimos, cuidados. Não são diferentes de nós. (Hoje tratei/reguei o jardim das 6 às 7 da manhã). Em cada ano a Primavera é sempre uma surpresa renovada. Uma explosão de beleza e perfeição. Outra das paixões de que já vos tenho falado... mas quando chega a Primavera, tenho de falar outra vez de tanto que o coração fica cheio. Eu queria muitas vidas para cumprir todas as paixões... Sim. Também sonho aprender a tocar piano... e queria um planeta girando muito lentamente com dias enormes... Queria...)